CNU 3 pode ficar só para 2027, diz ministra!
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou que a terceira edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) poderá ser realizada apenas em 2027. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Bom dia, ministra, do Canal GOV, na última terça-feira (16).
Segundo a ministra, o Governo Federal não pretende abrir um novo CNU em 2026 por se tratar de um ano eleitoral. A decisão segue a estratégia de evitar grandes seleções públicas em períodos de disputa eleitoral, garantindo maior estabilidade administrativa e segurança jurídica ao processo.
Esther Dweck destacou que, em caso de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a expectativa é de que o CNU 3 ocorra em 2027, com ampla participação de órgãos federais. A ministra sinalizou que novas vagas poderão ser ofertadas em áreas consideradas deficitárias, como Cultura, Saúde e pesquisa, além de órgãos como IBGE e outros vinculados ao Poder Executivo Federal.
“A minha expectativa, continuando um governo que se preocupa em renovar e manter os quadros atualizados e em quantitativo suficiente, é que a gente tenha de fato um CNU 3, com novas vagas para alguns desses órgãos e outros também”, afirmou a ministra ao responder questionamento sobre a falta de servidores em áreas estratégicas.
Com o cenário eleitoral à frente e a indefinição sobre a continuidade do atual governo, o Ministério da Gestão e da Inovação decidiu transferir o conhecimento técnico e operacional do Concurso Nacional Unificado para a Escola Nacional de Administração Pública (Enap). A medida busca garantir a continuidade do modelo, independentemente de mudanças no comando do Executivo.
A proposta do governo é consolidar o CNU como uma política pública de Estado. De acordo com Esther Dweck, a Enap deverá atuar como a “memória” do concurso, reunindo metodologias, dados e processos necessários para a realização de futuras edições.
“A Enap precisa ser a memória do CNU porque, em um próximo governo, já vai ter tudo ali registrado numa autarquia muito sólida, que vai poder fazer um próximo concurso”, explicou a ministra. Ela também ressaltou a aceitação popular do modelo e afirmou que estados e municípios demonstram interesse em aderir ao formato, o que pode fortalecer a cobrança da sociedade pela continuidade do concurso.
O Concurso Nacional Unificado inovou ao centralizar a seleção de servidores do Poder Executivo Federal, permitindo que candidatos disputem vagas em diferentes órgãos pagando apenas uma única taxa de inscrição. Além disso, as provas são aplicadas em mais de 200 cidades brasileiras, ampliando o acesso e reduzindo custos para os candidatos.
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